A Obra do Amor
(Amor corde putificat)
Espero aprumado
Que me espreites
Com a ternura do acordar,
Só então abro as pétalas da luz do dia,
Só então renovo delicada lida
Do céu em flores rebocar
Com a expressão do teu olhar.
Espero ávido
Que me beijes
Com o sabor do despertar,
É quando então ateio o amanhecer,
É quando então recupero o labor
Do arco-íris em colorido intensificar
Com o sorriso dos teus lábios.
Espero solene
Que me abraces
Com a resistência ao levantar,
É pois então tempo de recordar a volúpia da noite,
É pois então tempo de voltar a ligar
O coração em assobio travesso de tanto amar.
Foi de chofre
Que aceitamos
A aurora que nos veste
Após
A luz da metamorfose nocturna.
Posso, desde ti,
Seguir para esconjuradas guerras,
Seguir para apostrofes trabalhos,
Armado e imune pela paixão que nos une.
Amo-te sem senão!
(O amor purifica o coração)
Andarilhus
V : II : MMIX