Oração Celta: indulto

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Pelo poder do fogo, da terra, da água e do ar

Suplico às entidades primitivas, criadoras,

Que escutem a minha prece, a minha oração.

Peço às árvores ancestrais que me deem

A virtude da robustez e da força

Para suportar as agruras e os reveses

Que teimam em me prender à má fortuna,

E me tolhem todos os passos que avanço nas areias da indiferença;

Rogo aos ventos experimentados nos 4 caminhos

O caráter da tenacidade e da inconformidade

Para enfrentar e derrubar as paredes surdas e intransigentes,

E que as possa ultrapassar, fazendo chegar a minha palavra ao âmago do coração;

Imploro à Chama Sagrada, de eterno labor,

A retidão para ser verdadeiro, espontâneo, genuíno

E assim consiga incinerar todas as dúvidas, desconfianças, receios

Com que a minha conduta e vontade são recebidas no âmago do coração;

Ao Primordial Manancial Aquífero exorto compaixão

Para com as minhas debilidades, fraquezas, erros

E que me permita tecer um manto de águas de remissão, renovação,

De modo a conseguir refrescar, hidratar os portões do coração,

E assim fazer rodar os gonzos que me conduzam ao seu interior,

Com afeto, carinho e amor.

Suplico às entidades primitivas, criadoras,

Que escutem a minha prece, a minha oração.

Sou granítico, mas em fase de escultura,

Sei que em mim há sabedoria e querer com honestidade e bravura.

Aos louvados, a minha libação e dedicação.

 

Andarilhus

XXIII : VI : MMXV

publicado por ANDARILHUS às 18:44