Ad Voluntatem
E tu, és tudo para mim, tu és toda a gente
Que mantém o meu espírito consistente!
Amanhã, nova caminhada UPB! E vai ser das que arrancam a alma ao corpo! Levitamos sobre o pobre físico, moído e prestes a desintegrar-se… E a alma, em volta daquele, atarefada, transpira ainda mais na labutada tentativa de remendar as fendas e rasgões que minam os músculos. Haja vontade, senão o organismo só por si não suporta as dificuldades…
A VONTADE!
Com que vontade adormecemos, com que vontade acordamos? Com que vontade preenchemos os dias? Ou são os dias que dão forma à vontade? Como construímos uma vontade que nos alicerça o escoramento das vicissitudes da vida, cada vez mais tendenciosas para estádios mais complexos e densos?
De mutação em mutação, tingimos os arco-íris vigentes com tons de cores que nem imaginávamos que existissem. A VONTADE ajusta-se e empenha-se em ser inquebrantável.
As barricadas levantam-se nos nossos horizontes e só com determinação se ganha coragem para as encararmos e as galgarmos de seguida. A ferro e fogo desbravamos o caminho: da cadeira do emprego, passando pela poltrona de casa e seguindo pelas courelas do mundo, mostramos as nossas capacidades de querer e poder…
Pelas janelas do corpo deixamos que a imaginação vá preparando novas aventuras e novos desafios… lançamos a semente da perseverança e da esperança.
Avança-se para o trilho com que vontade(s)? Vamos desprovidos desta(s) e alimentados apenas pela movimentação mecânica das nossas peças motoras? Engrandece a VONTADE de cada um com as energias naturais absorvidas? Caminheiros, apesar dos esforços, somos ou não mais fortes quando encerramos uma jornada?
A tenacidade da maré deve ser modelo para a nossa conduta…
[XXI IV MMVI]
ANDARILHUS “(º0º)”