Galga Courelas

...é bem dentro de nós que está a raiz que nos faz sonhar...e ser feliz! :)

Isto é uma frase de uma canção que os miúdos cantam na missa. ;)

Mas este teu post, fez-me lembrar uma coisa que há dias trago na cabeça e que a ti, Andarilhus; deve ser bem fácil de enquadrar no mistério da vida.

Nunca fiz nenhuma longa caminhada (longa mesmo) em que tivesse de acompanhar o ritmo de várias pessoas. Quando estivesse mais leve e mais solta, acompanhava as que iam mais à frente e quando mais cansada, faria companhia a outras. E aí, estava a riqueza da caminhada, que mais que chegar a alguma meta é o que se colhe durante o percurso que se faz. Tal como na vida.

Mas, por vezes, tão cegos da ânsia de chegar, nem olhamos à volta, só temos em vista o final do percurso e os objectivos que pusemos no início da mesma. Não nos deixamos surpreender pela novidade do percurso.

MC, infelizmente, Não! Não nos deixamos surpreender pela novidade do percurso.
A praxis obriga-nos (para não nos eclipsarmos nos céus sociais) a traçar metas e objectivos (e como eu os acarinho!) a seguir. E esta prática é de tal forma rígida e compulsiva que é como colocarmos as palas de olhos que se aplicam aos equídeos de carga... só podemos olhar em frente. Nunca ao lado, nunca à opção, aos desvios, às variantes... e lá vamos nós, à frente com o sucesso da empreitada, atrás com os fracassos somados... mas sempre naquela direcção de rotina... E para divagar fora do previsto? Sonhos ou drogas...
"(ªvª)"