Sexta-feira , 11 de Agosto DE 2006

Trilogia III

Episódio III : Esperança e Posteridade

 

Natal Interior

 

Marquei inúmeros encontros contigo,

Mas não comparecias…

Lancei ao vento lamento

E aguardei novas de ti;

Roguei à crença, licença,

E esperei por divina visão;

Exaltei no desejo, ensejo,

E apurei os sentidos;

Despertei no amor, fervor,

E convoquei a emoção.

Mantinha o suspiro,

Na transição daqueles dias.

Ia já alta a madrugada

Na ansiedade nervosa, sem partilha.

Finalmente vejo-te, deliro!

Mesmo em silêncio, para mim, tu rias.

A respiração, essa, pára, embargada!

No peito só o Sol, em esplendor, brilha.

Os teus olhos espertos,

Acendem nos meus, húmidos,

As luzes de Natal

E, em Maio,

Antecipo o sorriso de presépio!

 

Chegara a gota de orvalho

Almejada no deserto, como estrela de vida.

Da esperança à alegria, um oásis de mel

Empurra para longe o cascalho

E arrasta a areia entorpecida,

Espalhando-se em nascente Rafael!

 

J.Pópulo

X : IV : MMVI

 

… Tempo de olhar em frente e descalçar as pesadas botas do passado… ser pedagogo e exemplo para o rebento...

 

VOU DE FÉRIAS… Até sempre!

XI VIII MMVI

Andarilhus

música: REM: Around The Sun
publicado por ANDARILHUS às 08:52

Trilogia II

Episódio II : Novo Céu e Respirar

Predilecta

 

Reservo-te a luz,

Preciosa,

Na penumbra da minha caverna

Secreta.

Sobre minha pele, projectas a cruz,

Da salvação desta mente copiosa;

Lucerna,

Para a via idílica predilecta!

 

Assentaste santuário

No flanco mais devastado

Do campo de meu pelejo.

Renovaste o sudário

Deste corpo cansado,

Rasgando a mortalha do desejo!

 

Do mistério ao segredo,

Tão estimulado,

Exalto o coração de menino,

Sem medo,

Na saudade de ser amado,

Na ousadia de um beijo ladino!

 

Anseia meu agro

Por semente;

Aguarda meu ar

Por volatilidades.

A mudança é meu consolo;

A letargia ao esquecimento consagro,

Enquanto salto entre passado e presente,

Em decidido acordar,

Numa só, atravesso muitas idades,

E atino caminho para a lógica do tolo…

 

És a estrela no meu crepúsculo,

O agasalho nos frios da minha vigília.

Por cada hora que marca o meu destino

Entrego-te 60 segundos do meu ser.

No oráculo devoto meu ósculo

Entre entes dos deuses família.

Andarilho, do profano ao divino,

Na busca de teu coração, para aí, enfim, jazer…

 

MMVI : II : XIV

...Tempo de renovar e renascer...

XI VIII MMVI

Andarilhus

 J.Pópulo
música: Dead Can Dance: Ariadne
publicado por ANDARILHUS às 08:50

Trilogia I

O momento pode fixar um poema e um poema pode levitar um momento…

Não instauremos, porém, fundamentalismos e normalizações balofas, porque há momentos que, num singular instante, fazem transbordar toda a matéria que alimenta o sangue que ferve nas veias.

Quando deixei o refúgio e me libertei das teias do mofo e da inanição bolorenta, quando dependurei o olhar do topo da minha torre, lá bem no alto, fugiram pelas mãos uns quantos sentimentos – que precisavam de respirar – para se depositarem nas folhas sensíveis de um choupo negro (Populus Nigra).

É agora tempo de fazer o balanço, juntar as peças do puzzle e confrontar as pistas do enigma. Descobrem o segredo?

 

Episódio I : Último suspiro e Fé

 

Transvaze Para a Fonte do Ser

 

Eis-nos chegados a nova barragem

Deste rio que deveria correr exuberante.

Cansado dos momentos estanque,

Abafa-me a vontade do transformar:

Terei exigido demais à coragem?

Apresta-se o sangue para mais um ciclo oxidante?

Para quê o empenho em novo arranque?

Vês fuga para o esmorecer do encantar?

Abriste-me as comportas do teu mundo

Para logo retardar minha corrente

Em amordaçada obrigação de companhia,

Fui perdendo o cais da fé, da magia e da lenda…

Nas margens estreitas da felicidade me confundo

Em lesmento enganar do leito inconsciente:

Se mais banhava a praia da tua inércia, não conseguia

Dar a esta vida as águas de renovada senda.

Esforças-te agora por dar remos à barca.

Mas longa se fez a solitária espera;

Desviou o rio sua fadada rota,

Na busca da passagem para à nascente retornar.

Não o condenes ou apontes negra marca

Porque quem suspende querer, desespera

E não há alimento que chegue à lota

Do coração e do saber amar…

 J.Pópulo

MMVI : II : XIX

... tempo de ter fé...

XI VIII MMVI

Andarilhus

música: Placebo: Song to Say Goodbay
publicado por ANDARILHUS às 08:48

BI

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