Sexta-feira , 19 de Outubro DE 2007

Fratres Memoriae Venerant

http://gatosdaisa.no.sapo.pt/images/Irmaos_4.jpg

 

“Mosquitos Mosqueteiros

 

Por quatro anos vivemos no paraíso.

Num mundo de nossa criação,

Cujas regras perfilhamos ao nascer

Sem olharmos ao código estabelecido.

Só com a camaradagem no coração,

Fazíamos o que nos apetecia fazer!

 

Do passado emergia o presente;

Do presente crescia o passado.

Cada dia encaixava perfeito no que se seguia,

Com a certeza sempre na mente

De um futuro em qualquer lado,

Reunidos, juntos em companhia.

 

A “Nata”, a divina irmandade

Do juramento solene e sagrado,

Do pacto de sangue, selado,

Sempre em espírito e verdade,

Garante a cada um o grito inflamado

Do hino dos heróis, por anjos cantado:

 

- “Eterna e afortunada a existência

Dos olhos que vertem fios de água,

De ardente alegria ou tristeza,

Aceitando o destino sem desistência,

De peito encarando a mágoa

Ou a dúvida, quando escondida a certeza.”

 

Nós somos os filhos eleitos,

Forjados Pela luz da estrela mansa,

De essência romântica e aventureira!

A memória de inúmeros feitos

Renascerá em cada relato da lembrança,

Desperta por nós, avós, no regaço da lareira...

 

MCMXCV

J. Pópulo”

 

Andarilhus “(º0º)”

XIX : X : MMVII

música: The Mission: "Blood Brothers"
publicado por ANDARILHUS às 17:26
Terça-feira , 09 de Outubro DE 2007

Grão de Pó; Fermento de Vida

http://sulanorte.blogs.sapo.pt/arquivo/

 

… O Pó alguma vez assenta? – Perguntam-me. Respondo: sim, mas de forma fugaz e fragilmente. Estamos submissos a poeiras e produzimos os nossos próprios pós, incessantemente e com um prazer inveterado e cego… ao encontro das tempestades de areia… por vezes já avisados, mas propensos ao risco e ao flagelo…

 

“Do pó se ergue para no pó jazer

 

O pó...,

Conserva a memória no espaço fugaz do tempo.

As lembranças, irrequietas, despertam de sono profundo;

Saem de casulos celestes, sedentas, de volta ao mundo!

 

A noite, em consolo, deflagra os dias do passado.

O pensamento solitário revê-se em feliz companhia.

Mexem-se os membros em vã tentativa de alcançar o sonho,

Insinuam-se gestos e intenções de nova fantasia!

 

Encontra-se o objectivo sem objecto, auto-sugestionável em realidade virtual,

Revoltado e descrente no destino abençoado do Homem:

- “Outrora prometias-me que nunca me deixarias entregue à solidão,

E, agora só, questiono-me se terás alguma vez existido!...”

 

Porém, apagada para a verdade, a luz iluminava o vácuo da alma.

Forte era a energia que alimentava a tocha sagrada.

Mas quanto mais intensamente explodia em brilho,

Mais estremecia bruxuleante com a visão da passagem do vento da mudança...

 

Desfalecia, rendida, a singular chama, possessa por sua crescente sombra.

A dor, como toupeira, cavava às cegas um buraco sem fundo,

Em fuga, desesperava pela passagem para uma diferente dimensão da realidade.

Já não sentia o corpo, procurava apenas libertar o espírito do perverso mundo.

 

Num estrebuchar final, a raiva do trovão esventra o campo florido.

Quando a cor e o perfume ainda se acreditavam eternos,

Folgavam de vida na serenidade do vale do tempo suspenso.

Ingénuos, sucumbiram à fúria de um amor falido...

 

A tristeza incontida nos pulmões da brisa pacífica

Mortifica-se então na força destruidora dos demónios de um tufão.

Esvazia-se o peito da terra em cadavérico corpo, após a visita terrífica!

Da água nasce a estéril semente da desertificação...

 

E nova vida deve recomeçar do pó...

 

 

XXVII : VIII : MCMXCVII

J. Pópulo”

 

Andarilhus “(º0º)”

IX : X : MMVII

música: Fields of The Nephylim: Dust
publicado por ANDARILHUS às 17:25
Segunda-feira , 08 de Outubro DE 2007

Natureza H

http://images.salon.com/books/int/2005/10/21/roach/story.jpg

 

Impressões em 5 nuances de n de nada nas nesgas da natureza humana…

 

Nudez

 

Arde a garganta em gélido tremor, em respiro, pelos fojos perdidos do ruminado interior de um mundo perdido.

A ânsia pela confirmação da verdade do receio de ruir, desmontado saber a saber, peça a peça, esquartejado em esmiuçadas hóstias de fé, esboroadas as cunhas da confiança. Tudo o que parecia sólido e concreto…

 

Negócio

 

Muito se pode fazer num ano de dias de decisão; pouco fica de um ano de noites de expectativa…

A diferença entre o êxito e o fracasso não se finca no resultado. Ganha distância na experiência que nos invade os pousios e nos obriga a trabalhos de aplicação prática do conhecimento adquirido nas escaramuças com os moinhos de Quixote e com as alucinações de felicidade e exigências da pança de Sancho…

 

Niilismo

 

Da interacção do cosmos com o nosso universo pessoal salpica o sangue de vida como lava expelida das rupturas tectónicas, por fracturas do sentir e do querer. O sismo que nos puxa o tapete debaixo dos pés… para a dúvida de sabermos se ainda nos sustentamos hirtos e impávidos ou acordamos que a queda já ocorreu e estamos estatelados no convés da barca dos descrentes e derrotados.

 

Néscio

 

Terei feito o correcto? Alguma vez o saberei?

E, devo preocupar-me com isso?

 

Néon

 

Ser, alienígena no tempo presente, sensível, servo da simplicidade da natureza, crente na essência da fé no humanismo. Inveterado e guloso sonhador e projectista. Exigente na tolerância, democracia e liberdade. Universalista. Companheiro, dedicado e atencioso…

PROCURA…

Semelhantes… sem condição ou espécie, em cor ou preto e branco, em som ou silêncio, com forma física ou espectro…

 

Andarilhus “(º0º)”

VIII : X : MMVII

música: Interpol: Next Exit
publicado por ANDARILHUS às 08:48

BI

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