Das Certezas
http://www.hottopos.com/convenit5/image001.jpg
O inatingível espicaça a ambição;
A Fortuna, a nós, pobres, só chega pelo coração!
J Pópulo
XXVIII : VI : MMVII
Andarilhus “(º0º)”
XXVI : II : MMVIII
http://www.hottopos.com/convenit5/image001.jpg
O inatingível espicaça a ambição;
A Fortuna, a nós, pobres, só chega pelo coração!
J Pópulo
XXVIII : VI : MMVII
Andarilhus “(º0º)”
XXVI : II : MMVIII
http://www.bigblogger.com.br/bigblogger/blog_65556/prece_1.jpg
Destreza no cordame do ânimo, arcaboiço para o leme da vida, perante as vicissitudes de ondas agitadas...
Entro no templo,
Que é a parca e inconstante
Paz do epicentro do meu cismo…
No silêncio dos degraus
Dos vinhedos do génio
Procuro o assédio
E a revolta do caos,
De fúria e exorcismo,
Deste ser cambiante
Que nunca tomem por exemplo…
JPópulo
IV : VII : MMVII
Andarilhus “(º0º)”
XXV : II : MMVIII
http://naveterra.blogs.sapo.pt/arquivo/NetLua.jpg
...Under blue moon I saw you...
A luz dos dias,
Germina do brilho da Lua, distraída, a fantasiar
As suas núpcias.
Pensa-se de mão dada, no altar,
Com o seu astro maior.
E lhe sorri, na maior das claridades,
Que supera as trevas, em amor
Pelo tempo de todas as idades…
Talvez [o meu amor] tivesse chegado,
Quando já me falia a fábrica dos sonhos.
Estrebuchei: Injectei capital no coração!
E logo, mesmo com modesta conjuntura,
Entreguei o trabalho, forte e desafogado,
A duendes laboriosos e risonhos,
Na incansável condição
De empresário da Lua prenha pela alvura.
JPópulo
XXX : VI : MMVII
Andarilhus “(º0º)”
XXII : II : MMVIII
http://www.celsotraub.com/imagens/prece.jpg
E a Ti, meu Deus, o que te pedir em conselho?
Se sou assim, tresmalhado do lugar
Comum aos de homilia elegante.
Os anos passam e mais me convenço
Em me esquecer do humano evangelho,
E espalhar o saber para fora deste quedo lar
Que é o mundo, dos princípios, errante.
Esta luta que já sei que não venço…
Por isso e por sina,
A minha estrela é errante também.
Aprendeu a flutuar inerte pelo chão
Em esvoaçar solitário de autonomia.
Mesmo em dissimulado desdém
Sou-lhe romeiro por tanto bem;
Sou-lhe fiel em devoção.
Canto-lhe ode de alegria,
E jamais soube de outro igual alguém…
Gostava de… gostava por sina…
Quem sabe, quebra-se o enguiço
Fende-se o muro de firmeza e,
Pela frincha do destino,
Passo, cego, além do feitiço,
Despeço-me da minha ilha e
Derreto-me no Sol de gente,
…já não dobra por mim, o sino…
JPópulo
II:VII: MMVII
Andarilhus “(º0º)”
XXI : II : MMVIII
http://maocheia.no.sapo.pt/images/images_wallpaper/rosa_dos_ventos.jpg
Rosa-dos-ventos, conta-me a verdade dos ventos e ensina-me a manter correntes bafejadoras de felicidade. Habilita-me de saber para manter o vento em deslocação propícia e revela-me os segredos para ser eficaz pedagogo e o bem transmita a outros.
A Norte preparam-se as hostes para a invasão das oficinas da criação. O exército moveu-se com o retumbar do trovão. O caos estendeu os seus jardins com dilúvios de mágoa, em sismos das falsas verdades e por vulcões de fúria acumulada. Tudo derribado, tudo apagado. Noite sem dia e dia sem Sol. Morte assistida…
E, do fogo, resistente ao vento gélido do Norte, maturou a flor da reconstrução.
A Nascente um novo Sol, vívido e quente. Sob os pés, semearam-se as mais belas paisagens, iluminadas pelo brilho de rios de águas de farto sorriso e aquecidas pelo agasalho de alegres florestas. Reanimou-se a fauna. Fauna prolífera e fantástica. Por cima, aquele céu, verde esperança e salpicado de estrelas coloridas e instigadoras dos sonhos! Aboliu-se paraíso e inferno.
Novo Mundo. O princípio concebido a gosto; a nova oportunidade. Foram-se os exércitos, vieram os artesãos e os artistas.
Arrancamos!
Porém, nada é estático e, infelizmente, mesmo as coisas boas não se firmam ou se fixam… Por mais que se esforce, o Homem jamais será sedentário! Forças misteriosas, íntimas e extrínsecas, atormentam-nO com novas jornadas.
Seguimos ao sabor dos ventos…
Pedi-te incontáveis vezes que olhasses para trás. O céu está lá e é nosso… Porquê desperdiçar semelhante dádiva?!
Vais sôfrega, no galgar atabalhoado da escada das novas circunstâncias, absorta no alcançar de tudo o que está para além de cada patamar. Todavia, não é prudente esquecer os degraus que deixas para trás e muito menos os amparos, de corpo e alma, que suportaram em ombros o início da subida. Não sabes tu que qualquer elevação carece de muito esforço de fundação? Não sabes tu que qualquer chão presente se ergue sobre os arcos do passado? Cuida de olhar atrás, para não mirares no espelho da realidade o teu reflexo de suspensão no vazio…
A Leste está a nascente de tudo o que vais deixando mirrar em migalhas de barro.
A Sul, caem os impérios e todas as suas magníficas obras, mundanas e divinas. Sobram estátuas ocas e mudas. Conheceram tempos áureos. Agora são apenas pedaços de mármore frio e informe. O fogo já não lhes inflama o milagre da vida. É um fogacho demasiado frágil e fraco para soprar a vontade na sonolência. O abandono do cultivo original enfeitiçou os campos de grande criatividade com nevoeiro de mortalha insípida. Pouco se produz: só o suficiente para respirar a tempos, mecanicamente.
Temos de sair destes lugares!
Perscruto os sons vindos do Ocidente. Talvez decida desbravar novos territórios a Oeste e encontrar outros espaços que recuperem a pátria que ficou a Nascente. Talvez consiga conceber uma nova terra natal, despojada dos vícios que nos seduzem com a monotonia e com a cegueira para a importância das coisas mais simples e directas.
Aparelho um tornado e abalo desembestado. É meu desígnio buscar a poção curativa. Não quero ver o sonho a romper-se irremediavelmente.
Olha para trás!
O céu é teu e ainda subsiste. Basta uma palavra tua, empenho, um cantinho entre as prioridades, um pontinho na escala de importância dos compromissos…
Tu até sabes qual a água que me mata a sede e qual o ar que me solta o respirar; Tu até sabes como atiçar o sangue nas minhas veias; Tu conheces as panaceias para os meus padecimentos…
Crispa-te e olha para atrás…
Rosa-dos-Ventos orienta-me e mostra-me como planar plácido sobre as borrascas dos dias dormentes e das noites despertas…
Andarilhus
XIX : II : MMVIII
http://www.jtm.com.mo/news/20070424/news_images/24-06-1.jpg
Á Mulher
A ti,
Cuja companhia me sublima
Por sendas de reflexo,
Senhora de pressentimento
(Murmurado a bola de cristal !),
Em inocência e estima
Te dedico, sem complexo,
Palavra de agradecimento
Por dia do Santo, Graal,
Do amor e enternecimento…
Sê feliz pela vida e conduz a vida pela felicidade,
De mim.
Andarilhus
XIV : II : MMVIII
http://fotos.sapo.pt/olgamiranda/pic/0001aaxc/s150x100&imgrefurl
"E quando eu descobrir o segredo
Da neblina cinzenta
Que torna a água barrenta
E sem perdão me esmaga o peito..." - Xutos
No Vórtice da Determinação
Aqui, tão próximo do lugar
Onde habita a atoarda grave
Da despedida dos amantes,
Sinto o carpir das almas,
Ouço o calor do rasgar dos corpos.
Quero manter fantasia
Como sempre desejei tua,
Em amor transbordante
De luz prata, em eucaristia,
Na enchente do feitiço da Lua!
Em alvíssaras de rosas vermelhas
Sustenho a espera.
Acredito ainda poder guardar
Teu respirar sob minhas telhas.
Semeio as estrelas do engenho pela atmosfera
Para, a cada ápice de vida, te conservar
Em braços de veludo e de hera,
Em beijos, doces de mel e salgados de mar…
Em apertada confusão,
Lanço os votos de dedicado
Com velas de vento, pelos céus de infusão
Da manhã primaveril;
Largo as juras de enamorado
Em cascas de pinheiro, pela ribeira
De corrente servil…
Levo a guerra à passagem da partida
No derradeiro esforço
Para ouvir os ecos
Do teu riso e da tua ousadia,
Para encontrar em ti vontade
Em seres para mim um igual querer
De brilho da Lua resplandecente…
Chamo-te a despertar
Da ilusão de certezas em novelas e histórias:
Reacende o farol e regressa ao lado de lá das nuvens,
Onde te espero, há muito, alimentado por memórias…
E, se perdidos os votos e as juras
Por campos elísios,
Alma maior lhes dê guarida
Em porto de igual dedicação,
Em nuvem de semelhante amor.
... não me deixes só no campo de batalha...
Andarilhus “(º0º)”
VII : II : MMVIII
Na passada 3ª feira, 29 Janeiro, ocorreu a cerimónia de entrega de prémios do concurso "Textos de Amor - 2007", no Museu Nacional da Imprensa. Podem, aceder a mais informações e aos textos distinguidos em:
http://www.imultimedia.pt/museuvirtpress/port/frame7.html
Para além de me divirtir imenso com a exposição de cartoons de que o Museu - legitimamente - tanto se arroga de acarinhar, trouxe de lá uma menção honrosa, ganha com um dos textos que submeti a concurso. Podem ver o texto aqui no blog:
http://galgacourelas.blogs.sapo.pt/10088.html
Fiquei gratamente satisfeito. Um destaque entre quase meio milhar de textos, digamos... não é mau.
Eles que se preparem, porque já tenho mais uma bateria de propostas para ganhar a viagem à Madeira de 2008 :)
Andarilhus "(º0º)"