Rosa Bonina
http://amadeo.blog.com/repository/306019/2683354.jpg Colheste-me na flor do Outono… Em roseiral de espinhos E horas de paixão. Esqueceste-te de ti e do sono Soçobrando em desalinhos Para me teres em botão. Ficaste confusa, assustada, Com a minha medida, pequenina, Frágil! Com vontade uivada, Seguraste o peso de pena e sina, Eu, Quase transparente, nada ágil, Macio e vivo! Não desfaleceste Ao sussurro do sedutor abandono. Esconjuraste estranho e amigo Em suplício acima do que ouviras ou leste; Era uma dor sem outro dono. Mas ele – o nosso amor – estava contigo… Tu és a minha semente Que me projecta para a luz; Tu és a minha chuva De alimento sorridente; Tu és o meu astro solar Que me amadurece como uva; Tu és o meu anjo da guarda Em guarido abraçar; Tu és o meu bastão Em apoio que nunca tarda; Tu és as minhas sandálias Que me adoça rude estradão. Tu és a minha mãe… E eu sou o teu filho, Rosa bonina! …O amor de um trovisco para uma colina XII : V : MMVIII (Andarilhus)