Saída
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Recordas-te do primeiro beijo?
…
Momento alvo,
Coroado entre pétalas de sol,
Tecelão do traje rubro do dia,
Mestre da manta afoita da noite.
Feitiço de onda de mar petrificada,
Estacada em praia consumada
Por fugaz e sereno vento suspiro,
Saboreado em travos de saliva doce,
Em dose de libertação de confusas
Pelejas morais, perdidas pela areia.
Recordas-te do que te disse?
…
Foi a revelação do discreto,
Sobre o rumo do errante,
Na última braçada do náufrago
Em busca da margem do renovo.
Falei-te como o demónio tentado
Na obra de deus, no termo da sede,
Algoz e incendiária da paz,
No remendo da bandeira branca
Da alma agastada, por tanto tempo
Longe de casa, apátrida do lar.
Foi a derradeira saída franca
Para o condenado do labirinto,
Da rotunda, da encruzilhada…
Lembro-me do primeiro beijo,
Lembro-me do que te disse!
E jamais me esquecerei
Ou perderei este juízo:
Na mais lúgubre condição,
No momento mais amargo,
Há sempre um indício
De cintilação prateada:
A saída!
Saí… J
Andarilhus “(º0º)”
XXV : VII : MMVIII