Terça-feira , 30 de Setembro DE 2008

Guarda-me em Teu Beijo

 

Espera-me com flores

Quando eu te visitar,

Deitada em nenúfares

De seda carmim,

Presenteia-me de amores

Em suave esvoaçar.

E sempre que eu te procurar,

Tenta me encontrar,

No encalço da tua intimidade.

Despida de cautela ou sensatez,

Abraça-me de enfeitiçado luar,

Desnuda a inocência do meu esgueirar,

Atrevido e de dissimulada timidez.

 

Espera-me em leito de rosas!

Chegarei a sussurrar

Trovas de bem-querer

Baixinho, bem perto, a arfar

Em tuas orelhas formosas.

Guarda-me no teu beijo,

Em baile de sensualidade,

De gestos suaves, imateriais,

Fugidios das mãos ladinas

Libertos de cansada solenidade.

Acerca-te do meu deambular

Ritual, peculiar,

E, assim próxima,

Guarda-me nos teus lábios,

Com o travo de terra e mar

De afogueado desejo,

Por ondas de doce embalar,

Por relevos de adágios.

 

E mesmo quando apartado,

Já cá estou, tão perto

Que não sei onde acabas tu, onde acabo eu…

Cintila a ternura com o afago a iluminar

O escuro da reserva, o negro da solidão;

Há uma luta de paz, um cativeiro aberto.

Derrubam-se muros, constroem-se pontes

Sem contar minutos, sem cansar.

Não me esperes mais,

Sou teu

Em permanente chegar.

 

Andarilhus

XXX : IX : MMVIII

 

música: Echo and the Bunnyman: Sugar Kissies
publicado por ANDARILHUS às 22:55
Segunda-feira , 29 de Setembro DE 2008

A Noite do Homem

 

 
O dia cava distância, engolindo a montanha, arrastando a luz para a encosta do lado oposto. Pelo lusco-fusco espreguiçam-se as asas, sacode-se a inércia, sopram-se os bocejos ao encontro dos suspiros do vulcão.
É hora de velar, é o retorno à batalha contra as execráveis bestas do caos. Despenha-se o senhor dos céus, roda a Terra, roda a fortuna, roda a ignorância que se alimenta na escuridão. Todas as noites são lavouras de receios, sementeiras de dúvidas, espasmos salteadores da lógica. Soçobra o coração em trabalhos redobrados!
Enquanto reina a alvura, tudo se vence, muito nos convence na força e na intransigência de lutar e alcançar; assim que esmorece a claridade, pouco subsiste dos impérios da tarde serena e do amanhecer promissor. Cresce a sombra da tibieza, recuam as certezas, encolhem-se para lugares perdidos. E o que nos resta? O coração! O sofrido, patente de cicatrizes, coração. Paladino final, último resistente, baluarte que sustenta a união de tantos fragmentos que nos dão a forma pontilhada, os mil estados cosidos sobre um mesmo território, um mesmo corpo, um mesmo cadáver.
Não é que o coração seja menos cego do que a razão, na noite do Homem. Todavia, assume-se quando nada mais se ergue. Esforçado, afoito, consegue ver o mundo das trevas olhando-o de vistas cerradas, sentindo-o, intuindo-o, perscrutando-o. A razão apenas é clarividente em tempos de positivismo, de acalmia, de equilíbrio, de dia.
E quando se rasgam os céus azuis e deles vibram as desbotadas trompas da desgraça, quando caem do alto os negros calabouços da solidão, arrepela-te coração, temos de segurar com valentia a corda com que os demónios nos puxam para os infernos da vida; E quando, desses buracos suspensos – passagens francas para os abismos apocalípticos do ser – saem famintas as horríveis criaturas do nosso terror para nos abocanham lentamente, rapinando pequenos pedaços da crença, apresta coração, temos de desbaratar as hordas maléficas e rechaça-las para os lúgubres e perniciosos ninhos de onde medraram; E quando os sonhos tombam por entre névoas de crua agonia e esmiuçado sofrimento, perseguidos por necrófagos alados, desentorpeça as asas coração, temos de os recolher dos ares nefastos e colocar a salvo em santuário intransponível (talvez um dia tenham uma oportunidade…).
E quando a noite for omnipresente, tirana, inclemente e eu já nada suspirar, já a nada aspirar. Quando eu me entregar ao mal que há em mim, ao mal com que me contagiaram, estrebucha coração, estarás só. Impõe-te na condução do azar, ataca, irrompe pela noite do Homem como um cometa, com labaredas de purgação, calcinando as chagas, a dor, a podridão que grassam pelos confins do senhorio. Mata a peste da tristeza, chacina o diabo da capitulação, desbarata os inimigos que me trouxeram a guerra às fronteiras... governa o lar durante o meu exílio.
 
Andarilhus “(º0º)”
XXIX : IX : MMVIII

 

música: Sisters of Mercy: Heartland
publicado por ANDARILHUS às 17:35
Segunda-feira , 15 de Setembro DE 2008

Coroa de Espinhos

 
http://www.olharesandantes.blogger.com.br/grito.jpg
 
Esporão
Reclamado à terra
Para correr idade
Cravado no flanco do destino
Escravo de agitação e de desatino
 
Sei que me comporto mal
Contigo
Sempre que te desperto
Para degeneradas artes
E te enlameio de toxinas
E te destapo sob intempéries
Do irrazoável
 
Sei que abuso
De ti
Quando te imponho utópicos limites
Quando te abandono sobre precipícios
E te afogo em ácidos e diluentes
E te carrego com fardos nas encostas
Do mau génio
 
E tu resistes
Com feridas abertas aqui
Com dons encerrados ali
Aguentas com remendos
De plástico e vinil
Agregando a pouca carne que resta
No esvair de enxurradas de sangue
Das batalhas e dos sonhos ensaiados
 
Perdoa-me
(perdoa o meu desprezo e incúria)
Cada vez que fechas para obras
E escoras os alicerces
Sou só eu quem escarra a tua fachada
Apedreja os vidros de cristal
E te arranca as telhas de protecção
Sou só eu que te esmurro
E te apago as luzes violentamente
Sou só eu quem te seduz
Para a demolição
 
Esporão reclamado pela terra
Corroído em poucos anos
Repousa cansado de retalhos
Sobre o sudário do samaritano
É tempo de soltar os pontos do suplício,
Os gritos! Os lamentos… A raiva!
Extirpar as grades da prisão
Do ocupante demente e ruim
Invasor parasita da tua generosidade.
Vai corpo, vai.
Abandona-me mártir,
Eu não te mereço…
 
Andarilhus “(º0º)”
XV : IX : MMVIII
publicado por ANDARILHUS às 17:25
Sábado , 13 de Setembro DE 2008

A Pura Dimensão

 

http://ternaeanoite.blogs.sapo.pt/arquivo/brincadeira-de-crianca.jpg

  

Confisco
A razão atinada e adulta
Que nos mata a inocência
…só quero recuperar a ingenuidade…
A meninice das horas eternas
Da noite dormida que indulta
Da cadeira que não acomoda a irreverência.
Quero os jogos (e a futilidade)
De corrida, salto e diabrura
…Aqueles que fazem vaporizar o corpo…
O corpo alegre, maleável e enérgico
O corpo dos porquês e das exclamações
As aventuras de travessura
No mundo enorme da minha rua,
Decreto
A tomada do governo
Pelos gnomos e pelos brinquedos.
O reino da cor e das guloseimas
… O homem do saco e outros medos…
O Sol parado ao entardecer
As balbúrdias, amuos e as teimas
… E no céu o filme sempre a decorrer …
Liberto (-me d’)
As azias e azedumes,
Os tubarões e os cardumes;
Os infalíveis e perfeitos,
Os deuses e os eleitos;
Os valores e poderes;
Os césares e os deveres…
Declaro
A entrada
Na pura dimensão
Do primado do simples,
Na era do autêntico…
Reconquistam-se as galhofas e as danças
Há muito perdidas
Declaro
O emergir
De tantas crianças
Há muito… escondidas.
 
Andarilhus “(º0º)”
XII : IX : MMVIII
música: The Mission: Child's Play
publicado por ANDARILHUS às 00:28
Sexta-feira , 05 de Setembro DE 2008

Por ti seguirei... (2º episódio)

 

http://img153.imageshack.us/img153/1973/img1072tb3.jpg

 

Continuação de: http://galgacourelas.blogs.sapo.pt/30700.html

Depois, encarou Alépio e, no entusiasmo de outro sorriso, interpelou-o: “Aníbal não ficará certamente parado e derrotado. Alépio, serão teus desígnios regressar para junto do grande general? Sabes quais são os seus planos?

Pela formosura das minhas terras que voltarei! Vamos continuar os nossos projectos. Para Aníbal as circunstâncias são apenas o resultado de alguns contratempos. Vai reunir o exército e retomar a façanha que arquitectou. Perdeu parte da surpresa mas os Romanos não imaginam os planos inauditos que lhe ocupam o pensamento. O revés já está ultrapassado e Aníbal aguarda reforços vindos directamente de África. Depois de reunidos em Nova Cartago, serão conduzidos por Asdrúbal até ao acampamento do General.

Também eu – tal como outros delegados enviados a todos os povos Ibéricos amigos – tenho como missão a colecta de guerreiros e recursos para o esforço de guerra. O vosso concílio irá decidir se irá contribuir e como o poderá fazer.

Passarei por cá na próxima Lua Cheia e espero ter boas notícias”.

Rubínia apertou o antebraço de Alépio e recomendou-lhe:”Vai Alépio, não te retenho mais. Cumpre bem e com sucesso o teu dever. Quando voltares, aqui encontrarás pelo menos um companheiro de viagem”.

Fez uma saudação de despedida e tomou célere o caminho de casa. Havia muito a fazer, havia muito a preparar, apesar de ter ainda uma mão cheia de dias até ao regresso de Alépio.

 

Físias, mercador de uma pequena cidade portuária a Oeste das Colunas de Hércules, arriscara um dia fazer uma viagem de descoberta de novas oportunidades de negócio por terras lusas. Avançou para Norte e rapidamente encontrou as primeiras tribos, umas mais primitivas e rudes, outras já um pouco mais evoluídas socialmente.

Com o seu séquito, Físias conseguiu embrenhar-se profundamente na Lusitânia, conhecer os costumes, os hábitos, os deuses e as lavras materiais e mesmo artísticas daqueles povos. Com uma saudável empatia, facilidade de trato e comunicação, logrou superar alguns momentos muito sensíveis e potenciadores de conflitos. Soube alimentar a confiança, a segurança e, finalmente, ganhou mesmo a amizade de muitos autóctones.

E tanto se entrosou com as populações do setentrião que acabou por se apaixonar por uma nativa: Edúnia. Da união dos dois nasceu Rubínia, uma menina que se transformou em bela rapariga de olhos verdes amendoados e de cabelo castanho claro, frisado, rosto esguio e de pele entranhadamente morena. A mais esbelta criação entre um Cónio, de traços fenícios, e uma Lusitana plenamente ibérica!

Físias estabeleceu-se em Tongóbriga, construiu família e viu os negócios florescerem exponencialmente. Aproveitava a proximidade do rio Durius para carregar as suas mercadorias em barcos próprios. Estes, através da via fluvial passavam ao Atlântico e daí, sempre ao longo da costa, faziam a rota até à cidade de Balsa, já com as costas de África muito próximas e o Mediterrâneo a espreitar. No regresso os barcos traziam outras mercadorias apreciadas e necessitadas a Norte.

Bafejado pela prosperidade, o mercador era generoso com todos aqueles que o auxiliavam nos empreendimentos e reconhecia a benevolência dos deuses adorados pelas gentes que o haviam adoptado. Tinha por costume visitar os santuários dedicados a certas divindades e agradecer com fartas ofertas. Tinha especial afeição pelos lugares sagrados junto à serrania do Maranus. Era igualmente presença assídua no monte onde se acreditava habitar Larauco, pelos dias das suas festividades. Dizia que vinha de lá com sábios conselhos: sentia a omnipresença de Larauco, inspirando-se para tomar boas decisões e iniciativas.

Rubínia, alcançada a sua maioridade de 15 anos, recebeu a autorização e a respectiva bênção para poder acompanhar seu pai na peregrinação próxima. Naquele ano, calcorreariam o périplo do costume e passariam pelo santuário de Panoia onde, entre outros, a rapariga gostaria de venerar a Trebaruna, pedindo-lhe protecção para a sua muito estimada casa e família.

A manhã erguera-se de bom prenúncio, com uma neblina fina que encorajava os viandantes. Físias preparara a jornada com o cuidado que só um mercador domina. O agasalho, a montada, a escolta, o alimento, os animais e outras oferendas aos deuses e – não fosse surgir o ensejo – algumas mercadorias para transaccionar nalgum eventual bom negócio. Partiram.

A viagem decorreu com normalidade e sem sobressaltos. Pela segunda noite já armaram o acampamento próximo de Panoia. No dia seguinte estariam perante a solenidade do sagrado.

Sem acessórias demoras e ainda sem deixar o majestoso rei Sol raiar a sua primeira candura, Rubínia, numa ansiedade de noiva, fez erguer todos e colocou-os em movimento antes que tivessem tempo de abrir as sacolas do sustento. Queria ser madrugadora por respeito à deusa que ali a conduzira.

Sacerdotes ensonados receberam o grupo. Mais alguns loucos que não tinham palha na cama, pensavam… Na verdade, a comitiva de Físias não tinha sido o grupo inaugural do santuário naquela bonina manhã. De qualquer forma, tanto movimento matutino não era do agrado dos ociosos acólitos do recinto. Com poucos agrados receberam o cabrito e o galo que seriam imolados e lá foram explicando como decorria o processo cerimonioso a cumprir.

Junto ao flanco esquerdo do grande rochedo que representava simbolicamente Trebaruna existia uma fossa de dimensões generosas, com um ferro bem estacado de um dos lados, confrontado por duas fossas menores e uma pequena protuberância escavada na horizontalidade granítica que desembocava num canal igualmente rasgado no afloramento rochoso e que seguia por este, serpenteando, até se debruçar sobre um buraco entalhado no solo e onde cabia uma pessoa de pé e aprumada. Do lado contrário e rodeando o corpo maciço e frio de Trebaruna, encontrava-se uma pequena construção, muito rudimentar, com capacidade para apenas dois a três indivíduos, onde os devotos formulavam os ritos próprios e elevavam as suas preces à entidade divina. Foi para aí que orientaram Rubínia, enquanto preparavam os sacrifícios.

Trebaruna era deusa da casa e família, mas também protectora nas circunstâncias de guerra e morte. Quando Rubínia afastou a grossa manta de lã que tapava a entrada do humilde templo surpreendeu-se com a presença de uma figura humana absorta nas suas orações. Estava de costas para a entrada e pela magra luz do cubículo parecia ser um homem jovem e robusto, de longos cabelos louros, pele clara, alguns adornos metálicos e um urso tatuado em tons azuis ao longo do braço direito, que suportava o corpo reverente contra o grande rochedo. Rubínia, naquele espaço de sortilégios e naquele instante mágico, encontrara Tongídio e a sua vida iria mudar por completo.

É certo e sabido que terminada a introspecção cerimoniosa, Tongídio, virando-se para sair, julgou estar perante a própria deusa do lugar e a viver um daqueles excelsos momentos que só alguns têm o privilégio de alcançar. Todavia, mais feliz ficou por saber que afinal Rubínia de divindade só tinha a beleza! Já no exterior e enquanto assistiam ao abate dos animais, na fossa maior, à queima das vísceras nas duas fossas menores e ao corrupio do sangue pelos canais da fraga, trocavam olhares e sorrisos… promessas.

Desde então, conheceram-se, enamoraram-se, visitaram-se e Tongídio, como varão de uma família nobre de Tanábriga, no momento em que teve de anunciar esponsais, esqueceu as raparigas do seu clã e foi em busca de Rubínia. Físias fez o seu papel de pai duro e grave mas, chegado o momento oportuno, decidiu-se a presentear o genro com as vírias da aprovação, simbolizando a sua confiança na vontade de Tongídio em proteger a sua filha e capacidade para fundar e dedicar-se ao advento de uma nova família.

Rubínia acompanhou o seu marido para Tanábria e prometeu sempre segui-lo e por ele sempre seguir…

Causas exógenas começaram a afectar a vida dos dois. As potências do mundo – Roma e Cartago – propagavam rancores recíprocos e aguçadas pretensões sobre a rica Ibéria. Embora as ambições de domínio e expansionismo se fizessem sentir bem longe, nas costas do Sul, as escaramuças e diferendos já se espalhavam por toda a Península. Tanto mais que emissários procuravam exaltar as populações a tomar partido por um dos campos da contenda e pretendiam formalizar alianças com os povos e os seus clãs. Os cartagineses, graças à sua maior tradição e presença no extremo Oeste do Mediterrâneo, tinham vantagem na amizade e coligação com os povos nativos.

Com a chegada de Aníbal Barca a Cartagena e a decisão de fazer guerra aos romanos, os cartagineses activaram as suas alianças e recrutaram inúmeros iberos para as fileiras dos seus exércitos. Tongídio também foi, nas incorporações oriundas do Noroeste. Rubínia, no dia de partida do marido, foi a primeira ferida de guerra, das batalhas que Tongídio teria pela frente. No derradeiro beijo lembrou-lhe que por ele seguiria a vida dos dois, por ele todos os dias seguiria em guarda daquele caminho que agora o levava e do qual ansiava já que o trouxesse de volta.

Até à chegada de Alépio com as notícias, Rubínia passou longas horas, todos os dias, no mesmo sítio do promontório onde acenara pela última vez ao seu amor, vigilante por meses que pareceram anos.

 

Pela fase de Lua Cheia, Rubínia estava pronta para partir. Oferecera aos deuses um gordo cordeiro e consagrara as súplicas e as libações segundo os seus respeitos. Visitara os seus pais em Tongóbriga. Tinha tudo planeado e beneficiava da experiência e arte que aprendera com seu pai quanto a preparação de viagens. Somava-lhe uma vontade tenaz de ir ao encontro de Tongídio, encontrá-lo e usar todos os expedientes para o trazer de regresso a casa.

Ainda que estivesse disposta a fazer qualquer jornada sozinha ou com um pequeno grupo que contratasse, tal não seria necessário. O Conselho dos Ilustres de Tanábria preparara um corpo expedicionário de guerreiros para seguirem Alépio. Não eram muitos; eram os possíveis, dadas as circunstâncias. Ela seguiria com eles…

Alépio chegou a meio da manhã seguinte, com um vasto contingente. Em breve Rubínia galgaria o trilho que leva aos territórios do Leste.

 

(continua…)

 

Andarilhus “(º0º)”

V : IX : MMVIII

publicado por ANDARILHUS às 17:11

BI

pesquisar

 

Setembro 2008

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28

posts recentes

últ. comentários

  • Cara Otília Martel,agradeço a visita, a saudação a...
  • Há anos que aqui não entrava. Ou antes, tinha perd...
  • Obrigado!Depois, publicarei os dados/relatos das j...

mais comentados

Tombo

Visitas

Viagens

Chegar-se à frente

subscrever feeds

blogs SAPO


Universidade de Aveiro