Sexta-feira , 30 de Março DE 2012

A Utopia que aniquila a Vida

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Hoje

Entrei em mim

Decidi enfim

Visitar a basílica

Achegar

Ao senhor do lugar

E com ele

Em congregação idílica

Todos os deuses

Convocar…

Apenas queria saber

Quais pecados

Foram meus

Para sofridos desígnios

Mal-amados

Que

No inferno de sandeus

Vão Ígneos

Em constante entristecer…

 

Murmurei

Para a santificada

Assembleia:

Porque minha sorte

A felicidade

Sempre geia

Porque vem em corte

E a retalha, desfeiteada?

 

Porquê?!

Acendi a voz

Não me calei!

 

Porque me entregais gesta

Insistida

Com gente de sorriso de festa

Que em confiança

Me enleei

Como ovelha mansa

Convencida

Em juras e compromissos

Omissos

De seriedade… de perseverança?

 

Porquê?!

Incandesci a voz

Gritei!

 

Livrai-me do abençoado

Desdém!

A vós

Rogo

Paragem

Desta roda de infortúnio

Rompam o cós

Deste destino amaldiçoado.

Se não me quereis bem

Clemência!

Esquecei-me!

Deixai-me a sós

Para retemperar o fogo

Guiar a nefasta rodagem

Para a margem

Da agra existência

Em que nado

Com o coração atado.

E não me deixeis cair em

Resignação…

 

Silêncio imaculado;

Riso de divino cínico destravado:

“Isso que tu procuras não existe...”

 

Andarilhus

XXIX : III : MMXII

publicado por ANDARILHUS às 08:50
Domingo , 04 de Março DE 2012

Fado sem Voz

 

http://n.i.uol.com.br/ultnot/album/110510_f_008.jpg

Deram-te sopro

E movimento

(algum)

- Pensamento -

Sentido e emoção.

(mas)

Largaram-te

Nos carris

Da sempre

Única direção.

Açaimaram-te com a paixão

Para não derivares

Em busca de diferente explicação,

Para não despertares

Com outro Deus ou condição…

Porque não?!

Porque

É assim

Que nos desviam da liberdade,

E nos cravam ao muro da aprendizagem,

Despidos de força ou coragem

Indefesos aos golpes da fatalidade;

Porque…

É assim que traçamos

A sorte a quem legamos herança,

É assim que ceifamos

A vida, a esperança,

Ainda antes que a morte venha

E nos detenha…

 

Deram-te um caminho

(mas)

Circular

Sem encruzilhadas

Ou alternativo patamar.

Soltaram-te

Entre valados entrelaçados

E com taipais no coração

Perfeitos e bem sinalizados

Para não te perderes

Por dúvida ou confusão

Dos atalhos

De outros amores ou juízos alados…

E, porque não?!

Porque

É assim

Que nos desviam da liberdade,

E nos cravam ao muro da aprendizagem,

Despidos de força ou coragem

Indefesos aos golpes da fatalidade;

Porque…

É assim que traçamos

A sorte a quem legamos herança,

É assim que ceifamos

A vida, a esperança,

Ainda antes que a morte venha

E nos detenha…

 

Endossaram-te o hábito

Ajustaram-te o capuz

Da regra

(apertada)

Que te reza

As impressões da vida

As subtrações da lida.

Afinal, libertaram-te…

No caos do desenho

De falsa certeza,

De verdade exaurida

Pela loucura atrevida

De ignorantes sábios,

Mestres sem dom ou engenho…

E, Porquê?! Para quê?!

Porque

É assim

Que nos desviam da liberdade,

E nos cravam ao muro da aprendizagem,

Despidos de força ou coragem

Indefesos aos golpes da fatalidade;

Porque…

 

Não! Detém o destino,

Que no íntimo sentes,

Desde menino,

Não querer traçar

Em sorte a quem legas herança;

Derruba o muro!

Quebra a foice do ceifar

A vida, a esperança,

A quem pertence o futuro…

 

Andarilhus

II : III : MMXII

publicado por ANDARILHUS às 18:40

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