Fado sem Voz
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Deram-te sopro
E movimento
(algum)
- Pensamento -
Sentido e emoção.
(mas)
Largaram-te
Nos carris
Da sempre
Única direção.
Açaimaram-te com a paixão
Para não derivares
Em busca de diferente explicação,
Para não despertares
Com outro Deus ou condição…
Porque não?!
Porque
É assim
Que nos desviam da liberdade,
E nos cravam ao muro da aprendizagem,
Despidos de força ou coragem
Indefesos aos golpes da fatalidade;
Porque…
É assim que traçamos
A sorte a quem legamos herança,
É assim que ceifamos
A vida, a esperança,
Ainda antes que a morte venha
E nos detenha…
Deram-te um caminho
(mas)
Circular
Sem encruzilhadas
Ou alternativo patamar.
Soltaram-te
Entre valados entrelaçados
E com taipais no coração
Perfeitos e bem sinalizados
Para não te perderes
Por dúvida ou confusão
Dos atalhos
De outros amores ou juízos alados…
E, porque não?!
Porque
É assim
Que nos desviam da liberdade,
E nos cravam ao muro da aprendizagem,
Despidos de força ou coragem
Indefesos aos golpes da fatalidade;
Porque…
É assim que traçamos
A sorte a quem legamos herança,
É assim que ceifamos
A vida, a esperança,
Ainda antes que a morte venha
E nos detenha…
Endossaram-te o hábito
Ajustaram-te o capuz
Da regra
(apertada)
Que te reza
As impressões da vida
As subtrações da lida.
Afinal, libertaram-te…
No caos do desenho
De falsa certeza,
De verdade exaurida
Pela loucura atrevida
De ignorantes sábios,
Mestres sem dom ou engenho…
E, Porquê?! Para quê?!
Porque
É assim
Que nos desviam da liberdade,
E nos cravam ao muro da aprendizagem,
Despidos de força ou coragem
Indefesos aos golpes da fatalidade;
Porque…
Não! Detém o destino,
Que no íntimo sentes,
Desde menino,
Não querer traçar
Em sorte a quem legas herança;
Derruba o muro!
Quebra a foice do ceifar
A vida, a esperança,
A quem pertence o futuro…
Andarilhus
II : III : MMXII