Quarta-feira , 30 de Setembro DE 2015

Contigo

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http://www.taringa.net/posts/arte/14567016/Contigo-poema-Propio.html

 

Posso estar faminto e sedento,

E estar desprotegido sob a borrasca,

Posso deixar a zona de conforto

E arriscar no desconhecido,

Posso ter um destino atribulado

E uma vida de fraco prenúncio,

Posso perder e encontrar a fé

E ser ostracizado pelos poderes,

Posso perder os agasalhos,

Ficar descalço,

Mas

… Se estiver contigo, está perfeito!

 

Andarilhus

XXX : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 19:18
Sexta-feira , 25 de Setembro DE 2015

S. Bartolomeu (oração)

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https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Codex_Gigas_devil.jpg

 

Quando os diabos se atravessam na tua vida,

Deus já deixou atrás,

Nos teus dias,

As forças para os combater.

Tens de perceber os sinais.

Fica alerta e não te deixes esmorecer,

Pois

Mesmo que tenhas de fraternizar com o diabo

Para resgatares o teu anjo,

Assim o farás com coragem e determinação

Porque esse é o verdadeiro amor.

E mesmo quando tudo parece perdido,

O teu coração agiganta-se

Rompendo com o encantamento ilusório e sedutor

Do diabo

Porque esse é o verdadeiro amor.

Nunca desistas e no limite,

Abre tu a porta do inferno,

Arrasta contigo o diabo para as chamas

E salva o anjo

Porque esse é o verdadeiro amor.

 

Regressem ao inferno, diabos!

 

Andarilhus

XXV : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 19:39
Terça-feira , 22 de Setembro DE 2015

Sem Sós

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Tu estás retraída, magoada,

Cautelosa,

Atrás da barricada…

Tu estás hesitante, desordenada

Com a mão no botão do perdão

Atrás da lágrima baralhada.

Mas,

Tu não estás só!

Recebe o abraço

Desatilha o respirar do nó

Deixa-te cair no meu regaço

E descansa… adormece em tom sereno

(Finalmente),

Sorri na entrada para o sonho ameno

Porque ele não terminará com o despertar.

 

Tu estás apreensiva, insegura,

Receosa,

Atrás do sentido da maternidade…

Tu estás alegre e ansiosa,

Com a mão no botão da confiança,

Atrás da lágrima da esperança.

E todavia,

Tu não estás só!

Recebe o abraço

Partilha a dor do parto

Deixa-te cair no meu cuidado

E descansa… adormece em tom sereno

(Finalmente),

Sorri na entrada para o sonho ameno

Porque ele não terminará com o despertar.

E eu estarei lá e sempre,

Porque o meu espírito

Guia-se pelo teu,

Mesmo pelos mais lúgubres,

Amargos e escuros

Troços que também compõem a existência.

 

A culpa não é minha, não é tua;

É da ilusão, da desilusão,

Perante os padrões de vida que se impõem.

Esqueçamo-los,

Vamos ser só nós…

Pulsa os botões!

 

Andarilhus

XXII : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 07:53
Terça-feira , 15 de Setembro DE 2015

Os tempos do Tempo (Vida)

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https://sonhosemmosaico.files.wordpress.com/2012/07/tempo-e-estrada.jpg

 

Temos um tempo de sabedoria,

Mas também um tempo de imbecilidades

Temos um tempo de luz,

Mas também um tempo de obscuridades

Temos um tempo de oportunidade,

Mas também um tempo de letargias

Temos um tempo de conquista,

Mas também um tempo de derrotas

Temos um tempo de alegria,

Mas também um tempo de desgostos

Temos um tempo de euforia,

Mas também um tempo de silêncios

Temos um tempo de amizade,

Mas também um tempo de confrontos

Temos um tempo de Amor,

Mas também um tempo de aversão.

E contudo,

Temos sempre a escolha

Para determinar

Um tempo que detenha os tempos a tempo,

Um tempo que ganhe tempo

Um tempo de desandar no tempo

Um tempo de arrepiar caminho,

Para (em conjunto)

Corrigir

     E alinhar com o acerto,

Pedir desculpa

     E perdoar,

Renovar os votos

     E soltar o sentimento abafado,

Serenar a dor

     E aceitar o curativo para o pesar,

Abrir o cordel das amarguras

     E deixar empurrar as angústias para longe,

Ter a coragem da humildade

     E reconhecer o humilde,

Olhar nos olhos

     E abrir os olhos para esse olhar,

Dar a mão

     E segurá-la, juntando o abraço,

Beijar

     E retribuir o selo da paz,

Retomar o caminho,

     E acompanhar a seu lado,

Relançar a vida

     E colocar o seu tempo à disposição dessa vida…

 

Andarilhus

XV : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 19:02
Segunda-feira , 14 de Setembro DE 2015

Epifania II

308.jpg

http://s509.photobucket.com/user/kirecado/media/mensagens/anjos/308.jpg.html

 

No seguimento de: http://galgacourelas.blogs.sapo.pt/11199.html

 

Dos anjos e dos espíritos.

Se atendermos que há algo em nós que ultrapassa a nossa constituição física e que nos permite ter reflexões filosóficas sobre a vida e o seu sentido. Se, através da mente, conseguimos viajar no passado e projetarmo-nos no futuro, no tempo e no espaço. Se, no Universo, para a nossa dimensão, é avassaladoramente incomensurável o desconhecido face ao conhecimento. Se, para além das charlatanices – que também existem – por vezes somos confrontados com situações e episódios que a razão não compreende dentro das fronteiras das suas capacidades, e que são mais apercebidas por sensações emocionais e sentidos. Por tudo isto (e mais que agora não elenco) é natural aceitarmos – pelo menos como pensamento ou tese – que esse algo “especial” em nós poderá ser persistente, não perecível, e que pode continuar a existir após o colapso do nosso corpo.

O que lhe chamar? Uns designam de espírito, outros de alma, outros (mesmo que não se apercebam) - parece-me – de ANJO.

Os anjos, ou a nossa permanente existência metafísica, será o espírito a quem é confiada uma missão. Ou seja, os anjos são os seres imateriais em constante evolução por purificação. Para esta construção de pureza e acumulação progressiva da perfeição no BEM, recebem missões de guarda, auxilio, acompanhamento dos seres imateriais encorpados em pessoas, que por sua vez, se encontram também numa vida terrena como etapa para a sua transcendência no BEM. Assim, os anjos e os espíritos, em dialética de partilha, entreajudam-se nesta aprendizagem, neste crescimento, tendo de passar por formas corpóreas consecutivas, até que atingem fases em que, com a purificação crescente, se libertam da exigência física, permanecendo continuadamente numa existência espiritual, de luz, energia.

Este processo de melhoria e purificação acontece através da atribuição de provas, de trabalhos, aos espíritos. Devem ultrapassá-los neste mundo, dentro das circunstâncias de cada instância humana que assumem. Não se trata apenas da atribuição de um corpo; é-lhes também endossado um contexto e um caminho de vida, onde se cruzam com outros espíritos e anjos.

Avento também que o anjo não se limita a vir em auxílio a outro espírito/anjo. Ele próprio é colocado à prova, tendo de demonstrar a sua capacidade, a sua entrega e o amor que assume no desempenho desse apoio, desse companheirismo. O seu cuidado em prol do outro mostra até que ponto está disponível, está disposto a entender, a perdoar, a ajudar a corrigir, a sofrer quando é de sofrer a rir quando é de alegrar… Ser anjo é, portanto, também uma condição de exame, de aprendizagem, de crescimento no mundo espiritual.

Se, nas versões clássicas, se diz que o anjo vem para zelar pelo Homem (no seguimento destas ideias: Homem = espírito numa forma física humana), acrescento a dialética de que o Homem está cá para o anjo exercer a sua natureza e evoluir na sua essência.

O anjo não tem de ser invisível ou possuir aquela imagem tradicional da túnica, semblante nórdico e asas. Pelo contrário, o anjo, tal como os demais espíritos encorpados, tem também uma presença terrena, sendo uma pessoa comum entre os demais. É pelas ações e pelo compromisso que se distingue. Poderá ele próprio não saber que é anjo ou que tem a seu cargo acompanhar um semelhante. De todo o modo, se vigia ou guarda um ser, fá-lo por natureza e não por consciência. Mesmo ignorando-o, tem uma missão entranhada dentro de si, a qual levará avante de forma espontânea. É o amigo incondicional e sempre presente.

E é aqui que me vejo contigo. Tu és o meu anjo. O anjo que foi designado para me ajudar aprender e evoluir na minha condição de ser imaterial. Acredito, também, que esta relação é dialética, e eu serei a entidade indicada para te acompanhar e auxiliar a enfrentares, a passares e a superares as tuas provas.

Sinto também, que esta interação entre espíritos/anjos não se concretiza numa só vida corpórea. Por isso, quando te conheci há já bastantes anos, tive - e julgo que te referi isso, oportunamente – a sensação de já te conhecer de outras “andanças”.

Sinto que tu és o meu anjo dialético e que, queiramos ou não, vamos ainda passar por mais existência(s) juntos, porque fomos incumbidos de sermos o apoio mútuo, os companheiros sem idade, a equipa unida para transpormos as provas que nos vão colocando.

 

Se for este o meu desígnio, a minha missão, é uma honra transcendente ser o teu anjo/espírito de companhia.

 

Andarilhus

XIV : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 19:17
Sexta-feira , 11 de Setembro DE 2015

O Abraço

GatoAbraco.jpeg

http://www.video-divertido.com/data/thumbnails/22/GatoAbraco.jpeg

 

Desconjuntados os ossos

Em músculos laxados,

Mantidos em movimento

Ao som dos cacos do coração

Conduzidos pela alma trilhada,

Desci a escada,

Ainda mais para baixo.

 

Despedi-me do acreditar,

Despedi-me de ti

Sem esperança.

Guinei para a saída,

Mas, por esquecimento,

Regressei

(onde te deixei)

Para galgar a escada até ao topo

E topei-te a ti.

 

Abraçaste-me

Com vontade,

Apertada, com os corações a tocarem-se

Num abraço interior, só seu.

Uniram-se os ossos,

Alinharam-se os músculos

Ao som do pranto doce do coração

Na parada da alma reanimada.

 

Queria assim envelhecer!

Despedi-me da saída,

Despedi-me do desalento,

Agarrei-me a ti

Com todas as forças

Como despenhado em abismo.

Galguei a fuga até ao topo,

Arrisquei olhar:

(não era alucinação)

Continuei a te topar!

 

Mais acreditei;

Beijei-te

Com o desejo da saudade

Tocaram-se os lábios, num beijo íntimo,

 Só seu.

Soldaram-se os ossos,

Avivaram-se os músculos

Ao som do musicar melódico do coração

Sob a batuta da alma radiante.

 

Como a vida pode renascer

Num só abraço…

 

 Andarilhus

XI : IX : MMXV

 

publicado por ANDARILHUS às 18:50
Quinta-feira , 10 de Setembro DE 2015

Querer (as estrelas)

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https://1.bp.blogspot.com/-b8wxmDBlgYA/TqBpYf21i0I/AAAAAAAAANk/xNWyBtJBMX0/s400/mariposa_encadenada.jpg

 

Queria não te querer

Como tanto te quero

Neste querer

Que a mim nada me quer.

E, na verdade,

É como que sem querer

Que gosto de ti,

Porque tanto querer

Me afunda em tristezas

E muito sofrer.

… Mas é mais forte do que eu,

Do que o meu próprio querer…

Amo-te

Assim dizer te quero,

Pois

Para mim és bem-querer,

És toda a minha vida,

Tão querida.

 

Porque não te deixas querer

Da mesma forma desvelada?

E assim querendo

Em igual querer

Deixaríamos de padecer,

Deixaríamos a gesta cansada,

Para nos encantarmos

Num permanente real-querer.

 

Porque não soltas o querer

Que sei manteres aprisionado?

E assim liberto, como o quero,

Acarinhava-o com o coração

Transbordante de querer,

Como está,

Sentinela, a aguardar

O teu despertar

Para o maior dos quereres.

 

Não consigo deixar de tanto te querer…

 

Andarilhus

X : IX : MMXV

 

 

 

publicado por ANDARILHUS às 07:53
Quarta-feira , 02 de Setembro DE 2015

Oração Celta: indulto

oração celta.jpg

https://1.bp.blogspot.com/-PbjSOsVFQ30/UdtiPsJGZLI/AAAAAAAAWRM/3a0BGpneAR8/s1600/ora%C3%A7%C3%A3o+celta.jpg

 

Pelo poder do fogo, da terra, da água e do ar

Suplico às entidades primitivas, criadoras,

Que escutem a minha prece, a minha oração.

Peço às árvores ancestrais que me deem

A virtude da robustez e da força

Para suportar as agruras e os reveses

Que teimam em me prender à má fortuna,

E me tolhem todos os passos que avanço nas areias da indiferença;

Rogo aos ventos experimentados nos 4 caminhos

O caráter da tenacidade e da inconformidade

Para enfrentar e derrubar as paredes surdas e intransigentes,

E que as possa ultrapassar, fazendo chegar a minha palavra ao âmago do coração;

Imploro à Chama Sagrada, de eterno labor,

A retidão para ser verdadeiro, espontâneo, genuíno

E assim consiga incinerar todas as dúvidas, desconfianças, receios

Com que a minha conduta e vontade são recebidas no âmago do coração;

Ao Primordial Manancial Aquífero exorto compaixão

Para com as minhas debilidades, fraquezas, erros

E que me permita tecer um manto de águas de remissão, renovação,

De modo a conseguir refrescar, hidratar os portões do coração,

E assim fazer rodar os gonzos que me conduzam ao seu interior,

Com afeto, carinho e amor.

Suplico às entidades primitivas, criadoras,

Que escutem a minha prece, a minha oração.

Sou granítico, mas em fase de escultura,

Sei que em mim há sabedoria e querer com honestidade e bravura.

Aos louvados, a minha libação e dedicação.

 

Andarilhus

XXIII : VI : MMXV

publicado por ANDARILHUS às 18:44

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