A Trova de Isabela (Cantiga de amigo, Séc. XXI)
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Isabela
Viu o mundo mudar.
Agora
Sento o chamado no vento,
Sem receios, avança em devoção.
Os seus olhos não têm assento,
Teimam em bailar (sem se cansar);
São pioneiros no caminho
A vencer pelo séquito do coração.
Chega-te Isabela
Para comigo cortejar
O paladar doce do sonho no seu liminar;
Agarra-me Isabela,
Para comigo entrelaçar
O afeto no seu quente limiar.
IsaBela
Viu a casa desabar.
Agora
Sente renascer a vida em efusão,
Alentada, abre-se em porta encantadora.
Espera por quem a queira cruzar
Com paixão conquistadora,
Ocupando o caminho
Onde vagueia o séquito do seu coração.
Chego-me Isabela
Para contigo cortejar
O paladar doce do sonho no seu liminar;
Agarra-te Isabela,
Para comigo entrelaçar
O afeto no seu quente limiar.
Isa Bela
Viu o Sol apagar.
Agora
Germinou em fonte de luz interior,
Graciosa, ilumina quem se aproximar,
Irradia calor nos invernos da tristeza.
Madura, fogosa,
Brilha (mais) nos ocasos do caminho
Em que guia o séquito do seu coração.
Isa - a mais - Bela
Renasceste de raiz.
Agora
(à vida) Entrega reivindicação
Por fado afortunado e feliz.
(eu) Para sustento e repouso do teu ser
Ergo estalagem no caminho
Por onde saltita o séquito do teu coração.
Chega-te!
Chega-te Isabela
Para comigo cortejar
O paladar doce do sonho no seu liminar;
Agarra-me Isabela,
Para comigo entrelaçar
O afeto no seu quente limiar.
Andarilhus
XIV : II : MMXVII